Psicodermatose – problemas emocionais sentidos na pele

Psicodermatose – problemas emocionais sentidos na pele

Na prática da dermatologia, nem tudo se restringe apenas à pele, ou seja, nem tudo que se manifesta na pele, tem origem nela. Em alguns casos, a pele é uma via de manifestação de problemas emocionais que influenciam negativamente o equilíbrio do nosso bem-estar psicoemocional. Esse desequilíbrio, chamado de psicodermatose, é capaz de desencadear hábitos auto agressivos, agravar doenças cutâneas simples e até desencadear dermatoses mais específicas.

Embora não existam estatísticas mais precisas, estima-se que 3% da população mundial é portadora de psicodermatoses. No Brasil, dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia indicam que a cada três pacientes que apresentam um problema de pele, um deles possui problemas emocionais, como depressão, ansiedade e estresse, que explicam o distúrbio.

“Os quadros mais comuns são dermatites atópicas, psoríase, vitiligo, escamação, arrancar os cabelos e automutilação. Todos esses sintomas são agravados pelo estado emocional do pacienta”, alerta a médica dermatologista Aline Hatzenberger.

Tipos de dermatoses:

Grupo 1: ilusão de parasitose (o paciente acredita ter algum “bichinho” percorrendo seu corpo) e dermatite artefata (de tanto coçar a pele, a pessoa produz feridas graves que acredita serem sintomas de alguma doença).

Grupo 2: tricotilomania (arrancamento compulsivo de cabelos e/ou pelos) e acne escoriada (feridas no rosto provocadas pela compulsão de espremer espinhas e cravos).

Grupo 3: rosácea (vermelhidão na face acompanhada de lesões elevadas), alopécia areata (queda de cabelos ou pêlos em tufos), vitiligo (manchas causadas pela despigmentação da pele), psoríase (placas avermelhadas e descamativas, acompanhadas de coceira), urticária (coceira muito intensa que provoca caroços) e dermatite atópica (manifestação alérgica geralmente nas dobras dos cotovelos e joelhos) são dermatoses agravadas pelo fator emocional, complicando o quadro e dificultando a resposta ao tratamento.

Tratamento:

O tratamento envolve muitas vezes o uso de medicamentos para controle de ansiedade ou depressão, e pode ser necessário avaliação psiquiátrica e/oi acompanhamento psicológico.

Crédito da foto: shutterstock

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